A
inclusão digital na escola favorece os trabalhos administrativos, pedagógicos,
formação continuada, além de acesso à informação atualizada e ferramenta capaz
de trazer a comunidade a participar das atividades escolares. Para tanto o
gestor tem papel fundamental na articulação desses mecanismos.
O
avanço tecnológico tem modificado muito a nossa realidade e parecem estar
intrínsecas às novas gerações, porém tanto a escola quanto os professores e
gestores, não estão totalmente preparados para a inserção e utilização desses
novos recursos tecnológicos.
Se
retrocedermos um pouco na linha do tempo, iremos perceber que há pouco tempo o
computador na escola era de uso exclusivo da secretaria, embora muitas vezes
não tenha sido utilizado como ferramenta facilitadora, executando as funções
pertinentes desta área manualmente, como o preenchimento de cadastros, por
exemplo. A partir daí foram criados os laboratórios, onde a sua utilização
passou a ser de uso exclusivo de determinadas disciplinas, de maneira isolada e
em poucas horas semanais para depois então ir para as salas de aula.
E
nesse aspecto, principalmente os professores com longos anos de docência,
parecem demonstrar certo “pavor” ao se deparar com os novos recursos e com a
possibilidade de inseri-los em sua prática pedagógica, o que causa um grande
descompasso considerando a nova realidade frente às tecnologias e um entrave no
desenvolvimento do processo pedagógico que requer dos profissionais da educação
a capacidade de estar em constante formação para desenvolver seu trabalho de
acordo com as necessidades dos alunos da atualidade.
Há
que se considerar que ainda na grande maioria das escolas brasileiras essas
ferramentas ainda não fazem parte dessa nova realidade e outrora quando existem
são utilizadas de forma esporádica e isoladas, porém se faz necessário fazer
uma reflexão a cerca da maneira pela qual estas ferramentas estão sendo
utilizadas, deixando claros os objetivos e finalidades no uso desses recursos,
tendo-os como aliados no processo de aquisição de novos e diferentes
conhecimentos, uma vez que a sua acessibilidade e o poder de aquisição estão
cada vez mais próximos até mesmo das famílias menos favorecidas, e neste
sentido a escola através da atuação de um gestor articulador, deve primar para
que a utilização dos mesmos ocorra de forma a acrescentar, contemplar e agregar
um conjunto de subsídios que favoreçam o desenvolvimento do educando.
O
gestor escolar, diante das novas atribuições e competências que lhes conferidas
na atualidade, cabe a capacidade de planejamento, liderança, iniciativa, de
criação de espaços e clima de reflexão e experimentação, pois a gestão escolar
consiste num espaço de mobilização da competência e do envolvimento das pessoas
coletivamente para que, por sua participação ativa e competente, promovam a
realização dos objetivos educacionais, uma vez que o envolvimento do gestor no
processo de inserção das novas tecnologias, em seus âmbitos administrativos,
pedagógicos e ainda, na criação de condições para a formação continuada de seus
profissionais, pode contribuir para os processos de transformação da escola.
Devemos
considerar ainda, que o gestor pode incentivar e apoiar a inserção de seu
quadro de funcionários para o desenvolvimento das habilidades necessárias a
inclusão digital, contando com a colaboração de profissionais específicos e
daqueles que possuem maior destreza para com os recursos tecnológicos,
fomentando o interesse na formação continuada, através dos meios hoje
existentes de educação à distância, como o AVA, por exemplo; na criação de
ferramentas, como a Web 2.0 e seus diversos aplicativos e/ou através de blog,
para expor sua proposta pedagógica, os projetos e atividades realizados pelos
alunos, como caminho para aproximar e estreitar os laços entre família e
escola, contribuindo para uma maior participação dos pais e da comunidade no
contexto escolar.
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